terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Hora da Liquidação!


O comportamento do cérebro numa liquidação

Na hora de decidir, nem sempre a razão prevalece.

Como o cérebro se comporta em uma liquidação? Mal, muito mal. É ele que nos faz perder o controle diante de ofertas imperdíveis, de produtos que, às vezes, nem queríamos tanto. “Vi um vestido por R$ 29,90. A gente vai comprando tudo e depois não usa”, conta uma consumidora. 

“É tentador, comprei tudo nas liquidações”, confessa mais um consumidor. 

Nessas horas, bem que gostaríamos de ser mais racionais e pensar que, se compramos mais um sapato, um tênis ou uma blusa é mesmo uma necessidade. 

“Quando está muito barato, a gente acaba comprando”, conclui outro consumidor. 

Mas a neurociência hoje sabe que a racionalidade é apenas um fator pequeno na hora de tomar decisões. O que decidimos fazer, inclusive comprar e não comprar, depende de uma competição entre dois circuitos do cérebro ao mesmo tempo, como os pratos de uma balança. 

O prato positivo é o sistema de recompensa, que representa quanto prazer teremos com o objeto que pensamos comprar. Quanto mais desejamos uma coisa, mais intensa é a ativação desse sistema e mais forte é a nossa motivação para a compra. 

O prato negativo é uma região do córtex da ínsula, que representa dor, desgosto ou outras emoções negativas. No caso, a dor de ficar sem aquele valor em dinheiro, de gastar. 

A atividade da ínsula representa o custo da decisão. Quanto maior é a ativação, maior é a dor da compra. A ínsula é o freio que mantém a carteira fechada. 

O que decidimos fazer depende de qual dos dois circuitos fala mais alto. Depende também da região medial córtex pré-frontal, que avisa quando o custo real é menor do que você imaginava. Ou seja, quando se trata de uma oportunidade imperdível. 

Por tudo isso, o cérebro humano é um prato feito para a liquidação da sua loja favorita. O sistema de recompensa diz: “Gosto disso”. O córtex medial pré-frontal diz: “Puxa, e custa menos do que eu costumava pagar”. E outra região, que tenta evitar arrependimentos, diz: “Compra, compra”. E, se a ínsula não se opuser... O cérebro torce tanto por uma compra na liquidação que pode cair em armadilhas. Por exemplo, em anúncios de preços parcelados, faz o custo que a ínsula avalia parecer menor. 

“Dói menos. Parece que vai pagar depois”, explica uma consumidora. 

Cartões de crédito, então, são outro problema. Porque se o dinheiro continua na carteira, a ínsula entende que a compra não dói agora e a ideia de aproveitar a oportunidade fala mais alto. 

Eis então uma dica da neurociência para o consumidor que quer ajudar seu cérebro a se controlar na hora de ir às compras. Deixe o cartão de crédito em casa e leve apenas dinheiro, para pagar à vista. 

Assim, você não descobre, mais tarde, o custo enorme de todas aquelas parcelas juntas.

Depois de ler esse texto, pensei "Quem é que consegue resistir a uma liquidação? E se essa for de sapatos?" Isso aconteceu comigo.


A Casa Com Sapato de Neópolis está liquidando tudo de R$ 10 até R$ 50. Sabe o que isso quer dizer?  Sapatilhas por R$ 40, sandálias por R$ 30 e rasteirinhas por R$ 5! É de enlouquecer qualquer mulher. Principalmente quando você encontra aquele sapato que tanto sonhava. Meu caso (pessoa muito feliz) e quando esse sapato custa 1/3 do valor original (pessoa mega feliz). :D

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